A Câmara dos Deputados da Itália aprovou a prorrogação da ajuda militar do país à Ucrânia até 31 de dezembro de 2023 com 215 votos a favor e 46 contrários. O documento havia sido aprovado pelo Senado no dia 11 de janeiro por 125 votos a 28, além de duas abstenções.
Para a aprovação, os partidos governistas – Irmãos da Itália (FdI), Liga e Força Itália – votaram de forma unânime. Já a principal sigla de oposição, o Partido Democrático (PD), aprovou a medida quase da mesma forma, apenas com a exceção do deputado Paolo Ciani.
Votaram contra o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e o pequeno Aliança Verde e Esquerda (AVS). Entre os principais pontos do texto, está a autorização para o Executivo italiano continuar fornecendo materiais e equipamentos militares em favor das autoridades ucranianas e a liberação deve ser feita “nos termos e nas modalidades” atuais.
Também determina que, antes do envio, o Parlamento deve ser informado. A aprovação ocorre em um momento em que a premiê Giorgia Meloni (FdI) pretende visitar Kiev para mostrar proximidade política ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Apesar de ter assumiu o cargo de chefe do Governo italiano só no fim de outubro, Meloni manteve a linha de apoio a Kiev iniciada por seu antecessor, Mario Draghi, que era sustentado por uma coalizão que ia dos ultranacionalistas à esquerda.
