
Um brasileiro de 62 anos é o principal suspeito de um assassinato cometido na Itália há quase três décadas.
O caso foi retomado pelo Ministério Público de Ravenna, na Emilia-Romagna, a partir de novos indícios surgidos em 2020 que levam ao nome do homem, que ainda não foi localizado.
O brasileiro, que não teve o nome divulgado, é investigado no país europeu por homicídio qualificado da vítima Iolanda Castillo, ocorrido por volta do dia 2 de maio de 1996, em Ravenna.
Segundo informações dos jornais locais Il Resto del Carlino e Corriere Romagna, a mulher, natural da República Dominicana, tinha 34 anos na época e trabalhava como prostituta na região da Úmbria, onde atendia o seu suposto assassino. Ele a teria matado após ela ter se transferido para o litoral de Ravenna com a intenção de punir a vítima, que chegara à Itália menos de um ano antes para trabalhar como empregada doméstica.
O corpo de Castillo foi localizado pela polícia em 5 de maio, após a pessoa que a hospedava relatar o seu sumiço. A vítima estava deitada de costas na cama, sem roupa, com os braços e as pernas amarrados pelo cinto de um roupão e com marcas de espancamentos e inúmeras facadas. Seu assassino, antes de partir, também cobriu sua boca com uma roupa íntima de homem e apunhalou seu coração duas vezes.
Na época, as investigações analisaram diversos clientes (inclusive o brasileiro), possíveis rancores e até serial killers de prostitutas, mas o inquérito não avançou.
Mas, em 2020, o caso foi retomado pela promotora Monica Gargiulo, quando as digitais encontradas na cena do crime revelaram uma grande semelhança com as do brasileiro no arquivo da Justiça italiana.
Além disso, o MP também se baseia em arquivos telefônicos e na relação entre o suspeito e a vítima para reabrir o processo.
Como o brasileiro não foi localizado, o Ministério Público de Ravenna terá de entrar em contato com as autoridades no Brasil para tentar encontrá-lo. O objetivo é realizar uma nova coleta de digitais, uma vez que a feita por ele em 2002, no âmbito de uma prisão por porte de droga, não foi conduzida da forma correta, e também para comparar amostras de DNA.