O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, informou, durante o Conselho dos ministros em Roma, que o problema do lixo, em Nápoles e região, será resolvido e não é aceitável que a solução seja adiada por causa das polêmicas e da oposição das administrações locais.
Nas últimas semanas , o premier criticou em particular o prefeito de Nápoles, dizendo que Rosa Russo Jervolino é responsável pela situação –há vários dias manifestantes protestam contra a criação de um segundo aterro de lixo na localidade de Terzigno — por não realizar a reciclagem do lixo na região.
Durante a reunião dos ministros, informaram fontes presentes no encontro, foi decidido que não será declarado estado de emergência mas será mantido o plano para o recolhimento do lixo sem hesitações, no qual será aberto um outro aterro de detritos na região de Tarzignio, perto de Nápoles onde já existe um depósito deste tipo.
A ministra do meio-ambiente, Stefania Prestigiacomo, e a das Igualdades de Oportunidades, Mara Carfagna, teriam insistido sobre a necessidade de realizar as compensações, ou seja, ressarcir financeiramente os territórios que hospedarem os aterros de lixo.
Na região do deposito de lixo de Terzigno, onde há dias estão sendo registrados enfrentamentos de manifestantes com a polícia, hoje cerca de vinte caminhões de lixo foram escoltados pelas forças da ordem e entraram no aterro para descarregarem os dejetos.
Carros queimados, barricadas, e enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes marcaram a madrugada na região entre Terzigno e Boscoreale, perto de Nápoles.
Os agentes presentes o local foram alvo de bombas caseiras e várias vezes houve tentativas de dispersar os protestantes com ações dos policiais e bombas de gás lacrimogêneo. Não foram registrados feridos.
