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Autoridades italianas negam privatização do Coliseu

As autoridades de Roma negaram que a entrega do financiamento da restauração do Coliseu, estimada em 25 milhões de euros, a um grupo de calçados tenha a intenção de "vender" o monumento ou de que haja um processo de "privatização" desse espaço.

"O que temos feito é atrair fundos privados para proteger nosso patrimônio histórico", declarou ontem o responsável pelas Áreas Arqueológicas de Roma, Roberto Cecchi, ao jornal italiano Il Messaggero.

Ele recordou que o empresário Della Valle não recebeu "nenhuma vantagem" e que está "somente responsável pela restauração".

Cecchi, no entanto, admitiu, que o empresário "poderá colocar o logo de sua marca na parte posterior dos ingressos [de entrada] do Coliseu" ou impulsionar a partir deste trabalho uma campanha publicitária.

O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, fez declarações similares, definindo como "um milagre" o fato de terem conseguido obter financiamento neste processo de restauração, já que o local histórico se encontra em condições que "são uma vergonha para a humanidade".

Ele confirmou que durante a reforma "não existirá publicidade alguma na fachada do monumento" e que a empresa do financiador não utilizará o local "com objetivos publicitários".

"O que queremos é utilizar da melhor maneira possível o Coliseu", disse o empresário, que há algumas semanas atrás assinou um contrato de nove páginas com o Ministério de Bens Culturais da Itália.

Uma das cláusulas destaca que ele poderá ter informações sobre o andamento do trabalho cuja responsabilidade está inteiramente sob responsabilidade do Ministério.

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