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Ataque dos EUA mata refém italiano Giovanni Lo Porto

O voluntário italiano Giovanni Lo Porto, desaparecido desde 2012 na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, foi morto em uma ação dos Estados Unidos, informaram autoridades norte-americanas nesta quinta-feira, dia 23.

Lo Porto morreu em um ataque contra o grupo terrorista Al Qaeda realizado em janeiro, revelou a Casa Branca, em nota oficial. Durante a operação também faleceu um cidadão norte-americano identificado como Warren Weistein.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assumiu toda a responsabilidade pelas mortes. "Vamos continuar a fazer tudo que for possível para evitar as perdas de vidas inocentes nas nossas operações contraterrorismo", disse, em pronunciamento.

Ainda segundo o líder, "vamos identificar as lições que podem ser aprendidas nesta tragédia e qualquer mudanças que podem ser feitas" no futuro.

O italiano era voluntário da ONG alemã "Welt Hunger Hilfe" e estava sem enviar notícias sobre seu paradeiro desde o dia 19 de janeiro de 2012.

De acordo com a Casa Branca, dois outros norte-americanos também foram mortos, Ahmed Farouq e Adam Gadahn, que eram ligados ao grupo terrorista.

O jornal norte-americano "Wall Street Journal" diz que a operação foi realizada por um drone da CIA, enquanto a emissora "CNN" consultou fontes do governo que apontaram que a missão foi realizada sem a utilização de soldados, ou seja, provavelmente um ataque aéreo.

Itália

Obama ainda declarou ter conversado com a esposa de Weinstein, Elaine, e com o premier da Itália, Matteo Renzi, antes de anunciar as mortes, as quais classificou como "particularmente dolorosas". "Como marido e pai, sei que nada que possamos dizer vai diminuir sua dor", apontou.

"Hoje é um dia em que se reforçam os laços entre EUA e Itália, dois países que dividem os mesmo valores. O empenho de Lo Porto reflete o empenho no mundo da Itália, nossa aliada e amiga".

Renzi lamenta morte

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que a "Itália deseja as mais sentidas condolências à família de Giovanni Lo Porto", após o governo norte-americano anunciar a morte do voluntário. O premier ainda exprimiu uma "profunda dor pela morte de um italiano que dedicou sua vida ao serviço para os outros".

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