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Após recuo de Trump, União Europeia suspende tarifas contra EUA por 90 dias

O poder Executivo da União Europeia anunciou a suspensão das sobretaxas de 25% contra produtos dos Estados Unidos por 90 dias, após o recuo do presidente Donald Trump na decisão de impor tarifas recíprocas contra quase todos os países do mundo.

“Queremos dar uma possibilidade às negociações. Enquanto completamos a adoção das contramedidas da UE, que receberam forte apoio dos Estados-membros, as suspendemos por 90 dias. Se as negociações não forem satisfatórias, nossas contramedidas entrarão em vigor”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Segundo a alemã, o trabalho para preparação de eventuais represálias “continua”. “Todas as opções continuam sobre a mesa”, assegurou.

A UE havia anunciado na última quarta um tarifaço de até 25% contra US$ 20,9 bilhões em mercadorias americanas, como soja, motocicletas e produtos de beleza. A retaliação seria dividida em três etapas, que entrariam em vigor em 15 de abril (3,9 bilhões de euros), 16 de maio (13,5 bilhões) e 1º de dezembro (3,5 bilhões).

A primeira fase da represália seria uma reação ao tarifaço de 25% imposto por Trump contra o aço e o alumínio importados. Já as outras duas etapas seriam uma retaliação pela alíquota de 20% aplicada pelos EUA no âmbito das chamadas “tarifas recíprocas”.

Enquanto as sobretaxas contra o alumínio e o aço seguem em vigor, Trump decidiu suspender as tarifas recíprocas por 90 dias para quase todos os países, ao mesmo tempo em que elevou a alíquota contra a China para 125%, escalando a guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta.

Em troca, Pequim taxou produtos dos EUA em 84%, medida que entrou em vigor nesta quinta, e anunciou uma redução na importação de filmes americanos. “As ações impensadas e injustas dos Estados Unidos são impopulares e, no fim das contas, terminarão sendo um fracasso”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, definindo o comportamento de Washington como “autoritário e prepotente”.

“Não queremos combater, mas não temos medo de fazê-lo. Não ficaremos apenas olhando enquanto os direitos e interesses legítimos de nosso povo são violados”, salientou Lin.

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