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Após protestos, primeiro-ministro italiano Matteo Renzi defende sua reforma trabalhista

Após um protesto sindical reunir cerca de um milhão de pessoas em Roma, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, voltou a defender sua reforma trabalhista. "Estou no governo não para manter o Partido Democrático (PD) no governo ou consolidar-lo. Mas sim, para mudar o país. Chegou o momento de fazer isso seriamente. O país está mudando porque é nossa função. Devemos devolver à Itália o orgulho, a esperança e a dinigidade para olhar ao futuro", disse Renzi, ao participar do último dia da conferência "Leopolda5", realizada em Florença.

Renzi deu um recado direto aos líderes sindicais e trabalhadores que se opõem à reforma, assim como a ala de seu partido, o PD, que é contrária ao projeto. "O mundo mudou. Não há mais cargos garantidos", disse Renzi, defendendo sua reforma trabalhista. "Apegar-se a uma lei de 1970 é como pegar um Iphone e perguntar 'onde se coloca a ficha' para telefonar'. Ou uma câmera digital e tentar colocar rolo de filme", comparou o premier. A reforma de Renzi tem como objetivo flexibilizar o mercado de trabalho e incentivar as empresas a contratarem. No entanto, os críticos da proposta dizem que o premier quer tirar direitos dos trabalhadores. As discussões recaem, especificamente, sobre as mudanças no artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que regula as demissões sem justa causa.

Renzi assumiu o governo italiano em fevereiro de 2014, com a promessa de realizar mudanças no país em um prazo de mil dias.

Ele já propôs reformas em diversos setores, porém, tem encontrado resistência em algumas áreas.

A manifestação de ontem, em Roma, tinha como tema central a reforma trabalhista proposta pelo primeiro-ministro, que leva o nome de "Jobs Act". Com o slogan "Trabalho, Dignidade e Igualdade para mudar a Itália", o protesto contou com a presença da secretária-geral da CGIL, Susanna Camusso, que ameaçou convocar uma greve geral.

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