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Aflita por vinho, Itália pede para União Europeia não taxar uísque americano

O governo da Itália pediu que a União Europeia não inclua o uísque na lista de produtos dos Estados Unidos que sofrerão represálias por conta do tarifaço de 20% contra o bloco anunciado pelo presidente Donald Trump na semana passada.

Em meados de março, o republicano disse que a UE se preparava para taxar o uísque americano em 50% e ameaçou impor uma tarifa de 200% contra vinhos e outras bebidas alcoólicas da Europa.

“Acreditamos que o uísque não deva ser inserido, porque isso levaria a tarifas mais fortes sobre o vinho”, declarou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em uma participação por videoconferência na feira do setor vitivinícola Vinitaly, em Verona.

A confederação de agricultores italianos Coldiretti estima que o tarifaço de 20% pode provocar uma perda de 390 milhões de euros (R$ 2,5 bilhões) para os produtores de vinho do país, impacto que seria multiplicado por uma eventual alíquota de 200%.

Segundo Tajani, a primeira represália da UE está prevista para entrar em vigor em 15 de abril, com uma lista de cerca de 20 mercadorias que deve ser concluída nesta terça-feira (8). “É uma antiga lista congelada, e eu pedi um adiamento, mas me parece que a posição prevalente seja de começar no dia 15”, explicou.

Essas retaliações chegaram a valer no primeiro mandato de Trump, mas estão suspensas desde que o então presidente Joe Biden anulou o tarifaço do republicano contra o aço e o alumínio, medida restabelecida após o retorno do magnata ao poder.

Um outro pacote de represálias da UE deve entrar em vigor em 15 de maio, dando mais tempo para negociações entre os dois lados.

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