
O primeiro ministro, Silvio Berlusconi, que antes desdenhou do episódio das fotos tiradas em sua mansão na Sardenha, está tentando de todas as formas parar com a circulação delas, pois mais uma vez teve sua imagem, que tanto quer mudar, arranhada.
Semanas atrás ele declarou que as imagens "não valiam nem 10 mil euros", e que eram comuns, porém, não sabia que o fotógrafo Antonello Zappadu tinha tirado mais de 5 mil fotografias, e várias delas no mínimo constrangedoras.
Para tentar diminuir o impacto com a situação o advogado de Berlusconi, Niccolò Ghedini, entrou com uma ação na justiça para que todas as fotos sejam confiscadas e proibidas de serem divulgadas.
Segundo Ghedini "para conseguir essas fotos ele cometeu vários crimes, violando o direito à privacidade de Berlusconi e seus convidados" e confirmou "não é que (Berlusconi) tenha algo a esconder. As fotos não mostram nada relevante. Mas em um Estado de direito é intolerável que qualquer cidadão, não apenas o primeiro-ministro, seja espionado e fotografado no interior de sua própria casa".
Para o jornal La Repubblica o advogado afirmou ser um ato político "não é coincidência que o advogado que defende Zappadu (em outro processo por outras fotografias) seja um eurodeputado do partido opositor Itália dos Valores (IDV), de Antonio di Pietro"