
O escritor italiano Umberto Eco definiu como um "morto-vivo" o premier italiano Silvio Berlusconi.
Durante a apresentação em Madri de seu último livro, "O cemitério de Praga", perguntaram a Eco se Berlusconi poderia ser considerado um "cadáver político". O italiano respondeu que "entre o cadáver e aquele que está vivo, existe o vampiro ou o morto-vivo, que é muito perigoso".
Eco, de 78 anos, apresentou sua nova obra, ambientada na segunda metade do século XIX na Itália, que tem como protagonista o capitão Simone Simonini, a seu tempo um aluno dos jesuítas, oficial do Exército, conspirador, falsificador e terrorista.
Sobre o romance, Eco adiantou há alguns meses que o seu personagem, "contratado pelos serviços secretos de metade da Europa, é um falsário cínico que tece intrigas, conspirações e atentados que, de fato, marcaram a trajetória histórica e política do continente".
Neste sentido, 30 anos após a publicação de seu famoso livro "O nome da rosa", Eco afirmou em Madri que atualmente "estamos rodeados por falsificações e mentiras".