

É o que revela um estudo sobre "O aumento crescente de políticas de preço baseadas no risco do crédito hipotecário na Itália" realizado por Silvia Magri e Raffaella Pico do Banco da Itália, utilizando dados da pesquisa EU-SILC (Community Statistics on Income and Living Conditions, Estatísticas do Rendimento e Condições de Vida), reunidos por Eurostat em 2007, o ano do início da crise financeira, que ainda não acabou.
De acordo com o estudo, "os resultados mostram que na Itália há uma ligação entre a taxa de juros sobre a hipoteca e o risco específico de crédito do cliente. Para os empréstimos concedidos de 2000 a 2007, o diferencial da taxa de juros entre as classes de famílias mais ou menos de risco é igual a 43 pontos base. Além disso, o recurso a estratégias de preços baseadas no risco específico do devedor parece ter aumentado ao longo do tempo".
Os bancos, em resumo, se tornaram mais cautelosos, protegendo-se do risco da insolvência, não só selecionando as demandas, como também através do aumento dos preços. O trabalho também quantifica o prêmio de risco exigido pelas instituições de crédito na concessão de empréstimos.
"Para aqueles concedidos de 2000 a 2007, a um aumento da probabilidade de insolvência do devedor equivalente a 1 ponto percentual, está associado um aumento da taxa de juros de 21 pontos base", se explica.