A emenda apresentada no Legislativo da Itália por parlamentares dissidentes do governo ao projeto de reforma universitária foi aprovada hoje na Câmara dos Deputados.
O Executivo se opunha à emenda apresentada pelo grupo do presidente da casa legislativa, Gianfranco Fini – ex-aliado do primeiro-ministro Silvio Berlusconi e atual líder do grupo Futuro e Liberdade para a Itália (FLI).
A proposta recebeu 282 votos a favor, 261 contra e três abstenções.
Esta é a quarta vez, que a maioria governista não vota de forma unificada no debate sobre a reforma universitária, projeto defendido pela ministra da Educação, Mariastella Gelmini.
A titular da pasta comentou que a emenda aprovada pelos deputados "não era particularmente negativa, mas se votarem emendas cujo conteúdo modifique substancialmente o sentido da reforma, então seria obrigada a retirá-la".
A derrota do bloco governista na votação da emenda da oposição ocorre às vésperas de outra votação: a da moção de desconfiança ao governo de Berlusconi.
A proposta foi apresentada pelos opositores Partido Democrata (PD) e Itália dos Valores (IDV) e será votada em 14 de dezembro.
No mesmo dia, o Senado avaliará uma moção de confiança ao premier. Caso a moção de desconfiança seja aprovada, serão convocadas eleições antecipadas para um novo chefe de Governo.
O mandato de Berlusconi estava previsto para acabar em 2013.
Após a dissidência de Fini, que fundou o Povo da Liberdade (PDL) com o primeiro-ministro, o governo perdeu a maioria absoluta que detinha no Parlamento, o que pode influenciar na aprovação das políticas e reformas nos próximos anos.