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União Europeia celebra reeleição de Sandu como presidente da Moldávia

A presidente pró-União Europeia da Moldávia, Maia Sandu, foi reeleita em segundo turno com mais de 54% dos votos.

Sua vitória sobre o candidato apoiado pelos socialistas pró-Rússia, Alexandr Stoianoglo, que obteve pouco mais de 45%, foi celebrada pelo bloco europeu.

“Moldávia, você venceu! Hoje, queridos moldavos, vocês deram uma lição de democracia, digna de ser escrita nos livros de história… A liberdade, a verdade e a justiça prevaleceram”, declarou Sandu, que defende a entrada do país na UE, tema que foi motivo de plebiscito há duas semanas, com vitória do “sim” com 50,35%.

Apesar da vitória da presidente, a campanha foi marcada por alegações de interferência russa, compra de votos e intimidação por parte de aliados de Stoianoglo.

Antes da votação, a polícia identificou diversas operações envolvendo o envio de e-mails falsos e ameaças de morte. “Um ataque virulento” que visa, segundo o primeiro-ministro Dorin Recean, “semear pânico e medo”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, celebrou a reeleição de Sandu, dizendo estar “feliz por continuar a trabalhar” com ela para um “futuro europeu” da Moldávia. Outro a parabenizar a mandatária foi o presidente da França, Emmanuel Macron, que destacou como a “democracia triunfou sobre todas as interferências”.

Já o Partido dos Socialistas da Moldávia, pró-Rússia, afirmou não reconhecer o resultado das operações de votos no exterior, que foram fundamentais para a vitória de Sandu.

Segundo a Comissão Central Eleitoral, a presidente obteve pouco mais de 55,4% dos votos entre os expatriados, contra quase 45% de Stoianoglo, que alcançou 51,19% dentro das fronteiras do país.

Sandu é “uma presidente ilegítima”, afirmou o partido, de acordo com a agência russa Ria Novosti.

Situada no leste europeu e antiga república soviética, a Moldávia vive uma extrema polarização política: na capital Chisinau predomina a integração do país à UE, opinião compartilhada pelos moldavos no exterior. Já nas zonas rurais e em duas regiões, a província separatista da Transnístria e a Gagauzia, o sentimento é majoritariamente pró-Rússia.

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