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Itália considera Prêmio Nobel da Paz para Liu Xiaobo como um reconhecimento da luta pela liberdade

A Itália considerou a entrega do Prêmio Nobel da Paz de 2010 ao dissidente chinês Liu Xiaobo como um reconhecimento internacional a todos aqueles que, independente de sua nacionalidade, "lutam pela liberdade e os direitos da pessoa".

De acordo com o ministro de Relações Exteriores do país, Franco Frattini, estes são valores que estão na base da construção europeia e que o continente precisa "continuar a apoiar em qualquer lugar do mundo, sem exceção", porque "são nosso DNA".

"Na Itália, a maioria e a oposição responsável devem se unir em considerar o respeito aos direitos e às liberdades fundamentais uma prioridade compartilhada que não pode ser, de nenhum modo, subordinada a razões políticas, ideológicas ou religiosas", continuou ele.

A nomeação de Liu — professor universitário nascido em 1955 na cidade industrial de Changchun — foi conhecida nesta sexta-feira em Oslo, motivada por "sua longa e não violenta luta pelos direitos fundamentais" na China.

Preso desde o final de 2008, o dissidente cumpre uma pena de 11 anos por "incitar à sublevação do poder do Estado", acusado de ser um dos promotores da carta assinada por cerca de dois mil chineses que pediam democracia no país.

Antes disso, ele já havia passado outros períodos na cadeia. Nos últimos anos, Liu foi considerado um dos principais pontos de referência para os dissidentes locais e os ativistas dos grupos internacionais de defesa dos direitos humanos.

Pequim recebeu a nomeação com críticas, declarando que a concessão do Nobel da Paz deste ano foi "contrária aos princípios do prêmio" e uma "obscenidade".

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