Catolicismo Romano

Papa Francisco chega no Timor-Leste e defende paz e reconciliação

O Papa Francisco desembarcou no Timor-Leste, terceira etapa de sua viagem de 12 dias pela Ásia e pela Oceania, a mais longa de seu pontificado.

Após passagens por Indonésia e Papua-Nova Guiné, o líder da Igreja Católica aterrissou no aeroporto internacional de Dili, capital da antiga colônia portuguesa no Sudeste Asiático.

Com 98% da população fiel ao catolicismo, o Timor-Leste chegou a ser invadido e ocupado pela Indonésia após sua independência de Portugal, em 1975, e só se tornou novamente independente em maio de 2002.

Em discurso para as autoridades timorenses na sede da Presidência, o Papa elogiou o empenho do país para “alcançar uma reconciliação plena com os irmãos da Indonésia, postura que encontrou sua fonte primária nos ensinamentos do Evangelho”.

“Vocês mantiveram firme a esperança, mesmo durante a aflição, e, graças à índole do seu povo e à sua fé, transformaram a dor em alegria. Que os céus queiram que o desejo de paz e purificação da memória prevaleça em outras situações de conflito, em diversas partes do mundo”, declarou.

Segundo Francisco, o Timor-Leste soube “lidar com momentos de grande tribulação com paciente determinação e heroísmo e hoje vive como país pacífico e democrático”. “Confiem na sabedoria do povo”, acrescentou o pontífice, acompanhado por milhares de pessoas durante seus deslocamentos nas ruas de Dili.

Já o presidente do Timor-Leste, José Ramos-Horta, disse que a visita do Papa carrega “uma mensagem de paz, reconciliação, fraternidade humana e esperança cada vez mais necessária em um mundo no qual a frieza dos corações substituiu o diálogo e a paz”.

“Que a mensagem de vossa santidade toque os corações dos homens, especialmente dos líderes regionais e mundiais que detêm grande responsabilidade pela nossa segurança. Nossa esperança ressoa com as vítimas dos conflitos armados em todo o mundo: Ucrânia, Palestina, Sudão, Iêmen, Síria, Congo, e em nossa região, como Myanmar e a Península Coreana”, ressaltou Ramos-Horta.

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