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Brasileira acusada de mandar matar parceiro é interrogada na Itália

Uma brasileira acusada de ter organizado, com cinco cúmplices, o assassinato de seu companheiro, o italiano Fabio Ravasio, 52 anos, que faleceu após ser atropelado propositalmente enquanto andava de bicicleta em Milão, no último dia 9 de agosto, compareceu a um tribunal na Itália.

Adilma Pereira Carneiro e seus cúmplices, todos presos sob a acusação de planejar e executar o crime, foram interrogados perante a juíza de instrução do tribunal de Busto Arsizio, Anna Giorgetti, e na presença de seus advogados. Ela, porém, optou pelo silêncio.

Segundo a acusação, um dos sete filhos da brasileira, Igor Benedito, nascido em 1998, também está envolvido no assassinato de Ravasio, mas não aceitou falou à justiça. Ambos são auxiliados pelo advogado Edoardo Lorenzo Rossi.

A defesa de Carneiro, de 49 anos, alega que sua cliente se considera “alheia aos fatos e acredita que há várias coisas a esclarecer”. No entanto, de acordo com o que foi reconstruído pelo promotor Ciro Caramore, a mulher não suportava mais o companheiro e queria se livrar dele.

Além disso, existe a suspeita de que ela tenha organizado o crime por motivação econômica, tendo em vista que o casal tinha dois filhos e isso garantiria que a brasileira usufruísse do patrimônio de Ravasio, cerca de 3 milhões de euros entre propriedades e um negócio comercial em Magenta, na zona de Milão.

Dois dos seis envolvidos admitiram ter participado do plano, após serem detidos pela polícia. Adilma foi acusada por eles de ser a mandante do crime e por ter planejado uma morte que parecesse um acidente.

De acordo com os relatos, o “plano diabólico” da brasileira foi estudado nos mínimos detalhes e precedido de uma série de reuniões realizadas dois meses antes do assassinato.

Cada um do grupo tinha uma tarefa específica a cumprir: um seria o motorista e outro o passageiro do carro, enquanto dois cúmplices ficariam responsáveis por avisar o momento exato em que a vítima passaria de bicicleta na rodovia para sincronizar com a “manobra assassina do veículo”. Já o “diretor” de comunicações teria que manter o contato com todos e ela seria a suposta criadora da trama.

A reconstrução do caso detalha que no dia 9 de agosto, às 19h50, Ravasio saiu para andar de bicicleta pela estrada provincial quando foi atropelado por um pequeno carro que invadiu a faixa oposta. O homem foi atingido em cheio e chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos.

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