A dívida pública da Itália, uma das mais altas do mundo, encolheu € 5 bilhões em junho passado, passando dos € 1,827 bilhão de maio (um recorde) para € 1,821, informou hoje o Banco Central do pais (Banca d'Italia).
No ano passado, a dívida pública italiana chegou a 115,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e deveria chegar a 118,4% em 2010, segundo o governo.
O governo italiano aprovou em fins de maio um plano de ajuste de € 24.900 milhões, a ser aplicado no período 2011-2012.
Este plano de ajuste permitirá, sempre de acordo com o governo, reduzir o déficit público para 2,7 % do PIB em 2012, ou seja, abaixo do patamar de 3% estabelecido pelo pacto de estabilidade europeu, contra os 5,3% de 2009.
As medidas prevêem, entre outras coisas, o congelamento dos salários dos funcionários públicos por três anos, a redução dos orçamentos ministeriais de 10%, a diminuição das transferências para as regiões da península e o aumento do combate à evasão impositiva.
A economia da zona do euro começa a se recuperar, embora de forma desigual, graças à demanda da Ásia e empurrada pela "locomotiva" alemã, que voltou a decolar, enquanto a Grécia afunda na recessão de acordo com dados divulgados nesta última sexta-feira.
Os 16 países que partilham a moeda europeia comum registraram no segundo trimestre do ano um crescimento de 1% face ao trimestre anterior, o que na projeção significa um crescimento anual 1,7%.
Os dados divulgados hoje (13) pelo Eurostat, a agência de estatísticas europeia, confirmam que a recuperação da zona do euro supera a economia dos Estados Unidos, que no mesmo período cresceu 0,6%.
A taxa de crescimento de 1% é a maior desde 2006 e se refere a um trimestre marcado duramente pela crise grega, que eclodiu em maio e levou os governos europeus a aplicarem medidas de ajuste para conter o déficit.
Os analistas indicam que a recuperação da Europa se deve, em particular, à demanda asiática, ajudada por um euro que caiu 10% em relação ao dólar, o que barateia as exportações.
No entanto, a demanda começa a cair, como mostram os dados mais recentes da China.
O grande destaque é a recuperação da Alemanha, cuja economia cresceu 2,2% no segundo trimestre e pode fechar 2010 com um aumento do PIB "bem acima dos 2%", informou o Ministério das Finanças.
Na Itália, o crescimento do PIB no segundo trimestre, em relação ao primeiro, foi de 0,4%, o que dá 1,1% anualizado, o maior aumento a partir do 1,5 registrado no segundo trimestre de 2007.