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Ursula Von der Leyen é reeleita presidente do poder Executivo da União Europeia

A alemã Ursula von der Leyen foi reeleita como presidente do poder Executivo da União Europeia.

No comando da Comissão Europeia desde 1º de dezembro de 2019, ela conquistou mais um mandato de cinco anos com 401 votos a favor no Parlamento Europeu, 284 contrários e 15 abstenções.

Integrante do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, Von der Leyen havia sido indicada pelo Conselho Europeu, fórum dos chefes de governo dos Estados-membros, no fim de junho, em um acordo de divisão do poder no bloco com socialistas e liberais.

Com isso, o ex-primeiro-ministro de Portugal António Costa, de centro-esquerda, assumirá como presidente do Conselho Europeu, enquanto a premiê da Estônia, Kaja Kallas, de centro, será a alta representante da UE para Política Externa.

Além do PPE, Von der Leyen contou com o apoio dos grupos Socialistas e Democratas, Renovar Europa e Verdes, mas terá a oposição de partidos de direita e extrema direita, que ganharam espaço no Parlamento após as eleições europeias de junho.

Os europarlamentares da legenda de direita Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, votaram contra a nomeação da alemã, o que pode criar fissuras na relação entre Roma e Bruxelas.

“A busca por um consenso com a esquerda e os Verdes tornou impossível nosso apoio a Ursula von der Leyen”, disse o chefe da delegação do FdI no Europarlamento, Carlo Fidanza, acrescentando que a “mensagem de mudança” proveniente das urnas não foi ouvida.

“Mas isso não vai prejudicar nossa relação de trabalho institucional”, garantiu – a Itália ainda busca assegurar uma vice-presidência de peso na próxima Comissão Europeia.

Por outro lado, o vice-premiê e ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, do partido conservador Força Itália (FI), celebrou a reeleição de Von der Leyen, sua correligionária no PPE. “Conte sempre com o Força Itália para construir uma Europa mais competitiva, segura e portadora de paz”, disse ele no X.

Em discurso antes da votação no Parlamento, a alemã prometeu acelerar o “Green Deal”, plano da UE contra a crise climática e que enfrenta forte oposição no bloco, manter o apoio à Ucrânia e criar “novas formas” de combater a imigração irregular, inclusive com a nomeação de um comissário para o Mediterrâneo.

“Estou convencido de que a Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial é sua melhor versão na história. Não permitirei que a extrema polarização da nossa sociedade seja aceita e não deixarei que o extremismo e a demagogia destruam o nosso estilo de vida europeu”, prometeu.

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