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Filme italiano sobre rapto de judeu por Papa chega ao Brasil

O novo filme do diretor italiano Marco Bellocchio sobre a história real de um menino judeu sequestrado pelas autoridades papais para se tornar padre no Vaticano estreiou nos cinemas do Brasil.

Com distribuição da Pandora Filmes, “O Sequestro do Papa” pode ser visto em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, Cotia, Santos, Cuiabá, Londrina, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Florianópolis, Maceió, Fortaleza, Recife e Salvador.

Bellocchio, que assina o roteiro com Susanna Nicchiarelli e Edoardo Albinati, narra uma das histórias que chocou a Itália no século XIX, a do menino judeu Edgardo Mortara, de seis anos, sequestrado em 1858 pela Igreja Católica, por uma perspectiva politizada e crítica.

Sofrendo de uma grave doença infantil, Mortara teria sido submetido a um rápido rito de batismo realizado por uma empregada cristã, que acreditava que ele morreria.

A Igreja afirmou ter recebido um relatório sobre o episódio e assumiu a guarda do menino, justificando que havia uma lei proibindo não católicos de criar uma criança católica.

Mortara foi então levado ao clero sob a custódia do papa Pio IX, para receber uma educação cristã. Os pais, abalados e incrédulos, fizeram de tudo para ter seu filho de volta, mas o Pontífice não aceitou devolver o menino.

Ele só retornou aos pais quando já era adolescente, 12 anos depois, mas a família entrou em conflito a respeito da fé adquirida, e Mortara decidiu retornar para Roma e tornar-se sacerdote.

A produção, que foi indicada em 11 categorias no “David di Donatello” – o Oscar italiano -, incluindo melhor filme, diretor e roteiro adaptado, e venceu melhor figurino, maquiagem e cabelo, marca o retorno de Bellocchio – que também assina “De Punhos Cerrados” e “Bom dia, Boa Noite” – aos cinemas brasileiros.

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