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Chile autoriza extradição à Itália de três ex-militares condenados à prisão perpétua

A Suprema Corte do Chile autorizou a extradição à Itália de três ex-militares condenados à prisão perpétua no país europeu por crimes cometidos na ditadura de Augusto Pinochet.

Manuel Vásquez Chahuán, Orlando Moreno Vásquez e Pedro Espinoza Bravo foram sentenciados pela tortura e execução de cidadãos ítalo-chilenos no âmbito da Operação Condor, estratégia conjunta das ditaduras do Cone Sul para perseguir dissidentes entre os anos 1970 e 1980.

Os dois primeiros responderam pelo homicídio do padre Omar Roberto Venturelli Leonelli, visto pela última vez em 25 de setembro de 1973, enquanto o terceiro foi processado pela morte do estudante de esquerda Juan Bosco Maino Canales, em 26 de maio de 1976.

Venturelli foi um dos sacerdotes que guiaram os índios mapuches na ocupação de terras dadas a colonos europeus, enquanto Canales pertencia ao grupo Movimento de Ação Popular Unitária (Mapu). Os corpos de ambos nunca foram encontrados.

Os ex-militares ainda têm processos pendentes no Chile, motivo pelo qual a extradição não os eximirá de suas responsabilidades penais no país sul-americano.

Chahuán já está em prisão domiciliar por outro processo na Justiça chilena, enquanto Vásquez e Bravo cumprem pena por condenações anteriores no cárcere de Punta Peuco, nos arredores de Santiago.

Segundo o advogado Francisco Bustos, que representa familiares de vítimas da ditadura de Pinochet, a decisão da Suprema Corte é “muito importante porque reafirma a universalidade dos direitos humanos”.

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