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Confusão no Senado da Itália provoca suspensão de sessão

O Senado da Itália decidiu suspender sua sessão após dois parlamentares se confrontarem fisicamente, em uma briga que precisou ser evitada graças à intervenção de senadores e conselheiros.

A confusão foi protagonizada pelos senadores Roberto Menia, do partido de direita Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, e Maro Croatti, da sigla de oposição Movimento 5 Estrelas (M5S).

Os dois brigaram no momento em que os parlamentares debatiam um projeto de reforma constitucional que prevê a eleição direta para o cargo de premiê e não pelo Parlamento, como acontece atualmente.

Na ocasião, Ettore Licheri (M5S) fez um discurso vibrante e se dirigiu aos senadores de centro-direita dizendo: “Vocês são Giorgia”. Nesse momento, começaram as trocas de insultos mútuos, cujos autores eram difíceis de identificar.

De repente, Menia correu em direção ao centro do plenário, perto das bancadas opostas, sendo imediatamente bloqueado pelo comissário de polícia Antonio De Poli, que estava na área quando sentiu que os ânimos estavam esquentando.

Croatti, por sua vez, foi até Menia, que também foi contido pelos colegas. Os conselheiros imediatamente intervieram. Após a suspensão, a sessão foi retomada brevemente.

O presidente do Senado, Ignazio La Russa, anunciou que “o que aconteceu nos últimos minutos será objeto de uma avaliação criteriosa da mesa” e convocou os líderes dos grupos parlamentares.

Ao sair, Menia explicou aos jornalistas que correu em direção ao colega porque foi insultado. Ele então mostrou uma fotografia tirada antes da “quase briga” em que o líder do grupo do Partido Democrático (PD), Francesco Boccia, pode ser visto de costas enquanto fala com seus senadores.

“Entre os insultos ouvi a palavra ‘cú’, mas Boccia mostrou o ‘cú’ e a presidência não viu”, explicou.

O líder do M5S, o ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, que na ocasião participava de um fórum organizado pela agência Ansa comentou o caso: “Eu conheço Croatti. Ele é uma pessoa calma. Quem sabe o que fizeram para provocá-lo”.

O projeto em discussão na sessão é uma bandeira da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que precisará do apoio de pelo menos dois terços dos deputados e senadores para entrar em vigor sem a necessidade de um referendo.

O objetivo da reforma é garantir estabilidade ao cargo de premiê, em um país que já teve 68 governos diferentes em 75 anos de história republicana.

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