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Número de casos de dengue na Itália é seis vezes maior do que em 2023

O número de casos de dengue na Itália subiu para 197 no primeiro trimestre do ano, cerca de seis vezes maior do que no mesmo período de 2023, informou o Instituto Superior de Saúde (ISS).

A maioria das infecções, transmitidas por picadas de mosquitos, é contraída durante viagens ao exterior, particularmente no Brasil e nas Ilhas Maldivas, e pode ser assintomática em mais de 50% dos casos ou caracterizada por uma doença febril moderada. As formas mais graves da doença acontecem em aproximadamente 5% dos casos sintomáticos.

“A transmissão local da dengue na Itália, como em outros países europeus, é um evento raro. A maioria é contraída no exterior”, destaca Anna Teresa Palamara, que dirige o departamento de Doenças Infecciosas do ISS.

Segundo a especialista, no entanto, “as condições climáticas e a presença de um mosquito capaz de transmitir o vírus possibilita a transmissão em alguns meses do ano, num contexto de elevada circulação em muitos países do mundo”.

Com um acompanhamento cuidadoso dos casos diagnosticados na Itália pelas regiões e províncias, o Ministério da Saúde e o Instituto Superior de Saúde incentivaram “aqueles que realizam viagens internacionais a verificar se a transmissão deste vírus é conhecida nas áreas visitadas e a adotar todas as medidas de prevenção recomendadas”.

Entre as medidas recomendadas, as autoridades italianas pedem para todos se protegerem das picadas de mosquitos com repelentes e usar calças e camisas de mangas compridas quando estiver ao ar livre, principalmente ao amanhecer e ao anoitecer, além de usar proteção nas janelas e esvaziar frequentemente recipientes com água parada.

Palamara alerta ainda que, ao retornar à Itália, caso apareçam sintomas, é recomendado que o cidadão entre em contato “rapidamente com o seu médico”.

Paralelamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que uma nova vacina – chamada Tak-003 – contra a dengue está em fase de pré-qualificação, ou seja, avaliação dos requisitos relativos à qualidade, segurança e eficácia.

De acordo com a OMS, trata-se de uma vacina baseada no vírus vivo atenuado e relativa aos quatro serótipos do vírus causador da doença, transmitido pela picada de um mosquito infectado.

A nova vacina envolve a administração em duas doses com intervalo de três meses e é destinada a crianças entre 6 e 16 anos que vivem em áreas onde a dengue é generalizada.

A Tak-003 já está aprovada na Itália e também em outros países.

Esta é a segunda vacina contra dengue a ser pré-qualificada pela OMS, depois da vacina CYD-TDV.

“A pré-qualificação é um passo importante na expansão do acesso global às vacinas contra a dengue, pois agora pode ser adquirida pelas agências das Nações Unidas”, afirmou o diretor regulatório de pré-qualificação da OMS, Rogério Gaspar.

Na verdade, acredita-se que os casos de dengue estão destinados a se expandir geograficamente devido às mudanças climáticas e à urbanização.

Segundo Gaspar, por isso é importante que outros criadores de vacinas se apresentem para avaliação, “para que possamos garantir que as vacinas cheguem a todas as comunidades necessitadas”.

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