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Crise da antiga siderúrgica Ilva gera protestos na Itália

Empresas que trabalharam com a antiga siderúrgica Ilva, em Taranto, na Itália, realizaram uma manifestação para exigir garantias sobre o pagamento de créditos acumulados no valor de 120 milhões de euros (R$ 643 mi).

O protesto é organizado pela associação que representa 80% das empresas que eram coligadas à Ilva (Aigi). Um cortejo com trabalhadores e veículos partiu da antiga sede da instalação, causando bloqueios temporários em uma estrada.

A Ilva, hoje Acciaierie d’Italia, atualmente tem como principal acionista a ArcelorMittal, que detém 62% do grupo, enquanto a agência estatal de investimentos Invitalia possui os 38% restantes.

No entanto, o governo pretende colocar a transnacional sob administração especial, sob o controle do país, e posteriormente buscar outro parceiro industrial.

A medida é semelhante a uma recuperação judicial, para que a empresa se reorganize para pagar suas dívidas e continue a operação.

A associação pede o pagamento de todas as faturas emitidas até 31 de dezembro de 2023 e a apresentação de um “plano industrial credível” que garanta a continuidade da produção.

O ministro das Empresas e do Made in Italy, Adolfo Urso, convocou uma reunião por videoconferência com as empresas fornecedoras e auxiliares para atualizar a situação da antiga Ilva e divulgar medidas adotadas pelo governo.

Segundo outra reunião, o governo pretende realizar uma comissão temporária para encerrar a experiência com a multinacional, buscando parceiros privados para garantir a continuidade da produção, emprego e segurança dos trabalhadores.

Uma porta-voz do poder Executivo da UE, perguntada sobre a questão da intervenção na empresa, afirmou: “Cabe a um Estado-membro avaliar se uma medida específica implica em auxílios estatais e, se constituir um auxílio estatal nos termos do direito da UE, deve ser notificada à Comissão para avaliação prévia de qualquer concessão de auxílio”.

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