
A presença na TV dos partidos políticos domina o debate eleitoral, em vista das eleições regionais de domingo (28) e segunda-feira (29) na Itália, enquanto o premier Silvio Berlusconi está sendo investigado por extorsão e os dois principais noticiários receberam multas pesadas pela sua falta de equilíbrio na cobertura da campanha.
Berlusconi foi inscrito no registro das pessoas sob investigação da Procuradoria de Roma, em um caso aberto pela Procuradoria de Trani (Puglia, sul do país) com base em escutas telefônicas que foram parcialmente publicadas pelo jornal esquerdista Il Fatto Quotidiano.
O jornal revelou o conteúdo de "conversas incriminadoras" em dezembro do ano passado, entre o premier e o diretor da Autoridade de Garantia das Comunicações (Agcom), Giancarlo Innocenzi, pedindo-lhe para fazer todo o possível para fechar o "Annozero", um programa dirigido e apresentado por Michele Santoro, jornalista opositor que já teve problemas com o governo.
Outra conversa comprometedora aconteceu entre Innocenzi e o CEO do órgão público de rádio e televisão RAI, Mauro Masi, que ao tomar conhecimento das intenções de Berlusconi disse que "há pressões das quais nem no Zimbábue se houve falar".
Os crimes pelos quais Berlusconi é investigado são de extorsão e ameaças. (ANSA)