
O governo da premiê Giorgia Meloni anunciou que a Itália está pronta para tratar crianças palestinas de Gaza que necessitam de cuidados hospitalares.
A informação foi divulgada pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, durante uma cúpula em Paris sobre ajuda ao território alvo de ataques em decorrência da guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, deflagrada desde 7 de outubro.
“Concretamente, gostaria de reiterar a disponibilidade da Itália, em cooperação com os nossos amigos dos Emirados Árabes Unidos, para acolher menores palestinos que necessitem de tratamento hospitalar”, declarou o chanceler italiano.
Tajani lembrou que a Itália já enviou dois aviões militares transportando ajuda humanitária a Gaza para Al-Arish, no Egito, para distribuição através do Crescente Vermelho.
“Planejamos fortalecer ainda mais as nossas atividades humanitárias em nome dos palestinos”, acrescentou ele, ressaltando que “é essencial enfatizar que o Hamas e a sua ideologia fanática não representam a população palestina”.
Segundo ele, a comunidade internacional “deve refletir inequivocamente este fato” e “é imperativo proteger todos os civis em todos os momentos, em estrita conformidade com o direito humanitário internacional”.
O chanceler italiano lembrou que “o governo italiano está a enviar um navio com capacidade de emergência e cirúrgica e mais tarde enviará, assim que as condições o permitirem, um hospital”.
Além dos dois voos de ajuda humanitária, o ministro da Defesa, Guido Crosetto, já havia dito que um navio hospital da Marinha está prestes a ser enviado para o Oriente Médio, no que descreveu como um “sinal concreto” de que a Itália está “próxima do povo palestino, não só nas palavras, mas também em ações”.
“Atualmente, estamos a avaliar possíveis formas de intervenção e financiamento de atividades humanitárias de acordo com as condições de acesso à ajuda”, explicou Tajani.
Para a Itália, é “de vital importância reforçar o nosso apoio à Autoridade Nacional Palestina”, principalmente porque “a retomada de um processo político é a única perspectiva credível de uma solução duradoura para a crise e é essencial para fortalecer as aspirações à criação de dois Estados”.
Por fim, Tajani enfatizou que “a procura da paz e da segurança no Oriente Médio será uma das principais prioridades da presidência italiana do G7” em 2024.