
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou uma mensagem ao governo do Haiti no qual se disse "profundamente triste" com a notícia do forte terremoto que atingiu a região de Porto Príncipe, capital do país.
"Em um momento tão doloroso, a Itália, tradicionalmente unida a seu país por vínculos de amizade, sente-se próxima do povo haitiano", diz o texto. "Com estes sentimentos, quero transmitir, em meu nome e de todo o povo italiano, o mais sentido pesar, e expressar uma humana solidariedade pelas numerosas vítimas do grave terremoto", prossegue.
Há pouco, o primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, disse à rede de TV norte-americana CNN que o número de mortes pode chegar a 100 mil.
O tremor, que atingiu 7 graus na escala Richter e teve seu epicentro a 15 quilômetros da capital Porto Príncipe, derrubou até edifícios públicos, incluindo a sede do governo e o quartel-general da ONU, que mantém no país uma missão de paz formada por 7.000 homens e comandada pelo Brasil.
O presidente do Haiti, René Preval, que escapou da tragédia, reconheceu temer "milhares de mortes" e afirmou que "algumas escolas estão cheias de cadáveres".
"Devemos avaliar ainda a extensão da tragédia. O Parlamento desmoronou, o Ministério da Economia desmoronou. Escolas e hospitais desmoronaram", disse ao jornal Miami Herald.
"É uma catástrofe", complementou sua esposa, Elisabeth Debrosse Delatour. "Pelas ruas da cidade se acumulam corpos sem vida. Há centenas de pessoas sob os escombros, o hospital geral desmoronou. Precisamos de ajuda", declarou.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que equipes de socorro norte-americanos partirão entre hoje e amanhã com destino ao Haiti para auxiliar no resgate das vítimas.
Entre oficiais da ONU, foram informadas as mortes de 11 brasileiros, um argentino, três jordanianos e oito chineses. Sete soldados brasileiros e um uruguaio estão desaparecidos, além disso. O chefe da missão de paz, o tunisiano Hedi Annabi, está desaparecido.
O chanceler francês, Bernard Kouchner, disse que todas as pessoas que estavam na sede da ONU, que desmoronou, podem ter morrido.
Entre as vítimas do terremoto está a médica pediatra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, que viajou ao Haiti para uma missão humanitária.