Notícias

Itália precisa localizar 130 de seus cidadãos residentes no Haiti

Itália precisa localizar 130 de seus cidadãos residentes no HaitiO Ministério das Relações Exteriores da Itália anunciou que já foram localizados 60 dos 190 cidadãos da nação europeia no Haiti, país atingido por um terremoto de 7 graus na escala Richter que devastou a capital Porto Príncipe.

 

De acordo com o chefe da Unidade de Crise da Chancelaria, Fabrizio Romano, as pessoas contatadas "se encontram a salvo". O ministério, porém, investiga a suposta morte de um italiano. 

Romano lembrou que não há certeza de que todos os 190 cidadãos registrados no Haiti estivessem no país no momento do sismo. 

O tremor de ontem, o mais forte a se abater sobre a nação caribenha em 200 anos, foi sentido às 16h53 locais (19h53 no horário de Brasília) e seguido por uma série de réplicas de menor intensidade. 

Inúmeras construções foram danificadas, inclusive a sede do governo, prédios de ministérios e um edifício da Organização das Nações Unidas (ONU). O premier haitiano, Jean Max Bellerive, disse que o sismo pode ter matado mais de 100 mil pessoas. 

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) anunciou que enviará ao Haiti dois milhões de euros para fazer frente às primeiras emergências e exprimir a própria solidariedade à população. 

De acordo com o Núncio Apostólico no país caribenho, Bernardino Auza, a catedral, o palácio do arcebispado e todos os seminários católicos de Porto Príncipe foram destruídos pelo terremoto. O arcebispo da capital, Serge Miot, morreu em decorrência dos desabamentos. 

Em entrevista à agência vaticana Fides, Auza disse que percorreu a cidade destruída encontrando "padres e freiras na estrada, sem abrigo" e que "em toda parte se ouviam gritos vindos de sob os escombros". 

"A Nunciatura resistiu. Não houve nenhum ferido, mas estamos todos chocados e a terra continua a tremer", acrescentou. 

Na manhã desta quarta-feira, Auza encontrou o presidente do Haiti, Rene Preval, que se salvou porque estava fora de casa com a família. O religioso contou ter expressado condolências e solidariedade pelo luto que se estabeleceu sobre a capital. 

Ainda durante a entrevista, o núncio lembrou a destruição do Cifor, instituto de estudos para religiosos, que ruiu enquanto estudantes participavam de uma conferência. Foi para participar deste evento que a médica brasileira e criadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, uma das vítimas fatais do terremoto, viajou para o Haiti.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios