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Itália faz mudanças para obter 4ª parcela de fundo da União Europeia

O governo da Itália confirmou que vai pedir nos próximos dias a quarta parcela do fundo de recuperação da União Europeia para o pós-pandemia.

O valor é estimado em 16 bilhões de euros, que fazem parte dos mais de 190 bilhões a que o país tem direito para financiar seu Plano Nacional de Retomada e Resiliência (PNRR).

Até o momento, a Itália já recebeu duas parcelas do fundo da UE, em agosto de 2021 (24,9 bilhões de euros) e novembro de 2022 (21 bilhões), enquanto a Comissão Europeia continua avaliando o cumprimento de metas para o terceiro desembolso, estimado em 19 bilhões de euros e que estava previsto para maio.

Em coletiva de imprensa, o ministro de Relações Europeias, Raffaele Fitto, disse que mudanças feitas pelo governo no PNRR permitirão que o país peça “a quarta parcela nos próximos dias”.

“Esse percurso levará ao pedido da quarta parcela inteira”, assegurou. As mudanças dizem respeito a 10 das 27 metas para o quarto pagamento exigidas Bruxelas, em meio aos temores de atrasos na implantação do plano, que mira estimular a economia no pós-pandemia e torná-la mais verde.

A líder do oposicionista Partido Democrático (PD), Elly Schlein, cobrou explicações da premiê Giorgia Meloni sobre a demora nos pagamentos.

“A primeira-ministra deveria assumir suas responsabilidades e vir ao Parlamento explicar por que nenhum euro da terceira parcela se materializou até o momento e por que a quarta parcela arrisca ser adiada também”, declarou.

O fundo de recuperação da UE, do qual a Itália é a maior beneficiária em números absolutos, é financiado por meio da inédita emissão de dívida pela Comissão Europeia para possibilitar que Estados-membros mais endividados tenham acesso a dinheiro mais barato no mercado.

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