
A Comissão Europeia pediu que seus funcionários desinstalem o aplicativo da rede social chinesa TikTok de celulares corporativos ou pessoais usados no trabalho.
Segundo o poder Executivo da União Europeia, a decisão está ligada à necessidade de proteger dados do bloco e aumentar sua segurança informática.
“A Comissão Europeia é uma instituição e, como tal, tem um forte foco na proteção da segurança informática, e é por isso que tomamos essa decisão”, disse o comissário de Mercado Interno da UE, Thierry Breton. “Estamos muito atentos para proteger nossos dados”, garantiu.
O Executivo da UE deu prazo até 15 de março para a remoção do aplicativo por seus funcionários, mas pediu que eles o façam o quanto antes.
Por meio de um porta-voz, o TikTok disse ter ficado “desapontado” com o veto de Bruxelas, o qual a rede social definiu como “equivocado e baseado em conceitos fundamentalmente errados”.
Em entrevista à agência Ansa, Giacomo Lev Mannheimer, gerente de relações institucionais do TikTok no sul da Europa, criticou a decisão.
“Somos uma plataforma global, o TikTok não está presente na China, nossos dados não estão na China, a gestão não está na China. Os investidores não são chineses e sempre declaramos publicamente que o governo chinês nunca nos pediu acesso aos dados e, se pedisse, não daríamos a eles”, disse.
Segundo Lev Mannheimer, “os dados dos usuários europeus do Tiktok estão em um data center nos Estados Unidos e em um data center de backup em Cingapura. Eles não são armazenados nem na China nem em outro lugar”.
O aplicativo já está banido de dispositivos do governo federal dos Estados Unidos por suspeita de que as autoridades da China tenham acesso aos dados coletados pela rede social.