Notícias

Meloni ataca quem recebe auxílio por esperar “emprego dos sonhos”

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que o Estado não pode continuar usando o dinheiro pago pelos contribuintes para manter beneficiários da renda de cidadania, principal programa social do país, enquanto eles aguardam “o emprego dos sonhos”.

“Gostaríamos de criar um mundo perfeito onde todos encontrem o emprego dos seus sonhos, mas se você se recusa a trabalhar com trabalho decente porque só aceita o emprego dos seus sonhos não pode esperar que o Estado o sustente com os impostos pagos por aqueles que aceitaram um trabalho que muitas vezes não era o emprego dos sonhos”, declarou a premiê italiana na gravação do programa “Porta a Porta”, da Rai.

Meloni garantiu que o benefício passará gradualmente a beneficiar apenas pessoas sem condições de trabalhar. “Empregos decentes existem e podem ser encontrados”, acrescentou. A líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI) explicou ainda que seu governo vai “reformar toda a questão da renda básica”.

Segundo ela, é possível imaginar um país onde alguns empregos são encontrados e são decentes. “É só ir ao centro de emprego, que indica as áreas em que precisas de trabalhar e informar. Mas também é preciso vontade”.

“Me refiro a empregos que não são mal pagos ou explorados, mas também empregos que não são aqueles para os quais você estudou, mas que fazem você viver em perfeita dignidade e talvez sem aceitar trabalhar ilegalmente”, afirmou Meloni, enfatizando que pensa que isso não ajuda ninguém.

Já sobre a crise migratória, a primeira-ministra italiana reforçou que “muitas vezes temos penalizado os mais fracos” e “aqueles que acolhemos são trivialmente aqueles que têm dinheiro para dar aos contrabandistas, os outros não”.

“Não acho que seja uma maneira inteligente de lidar com o problema dos refugiados e migrantes”, garantiu Meloni, abordando a crise diplomática com Paris.

“França e Itália tiveram alguns atritos com a imigração, o que afirmo porque além da propaganda, acho que todos já perceberam que a reação francesa ao primeiro navio de uma ONG que nunca desembarcou na França com 230 pessoas a bordo, enquanto 94 mil pessoas desembarcaram na Itália desde o início do ano”, concluiu.

Energia:

Para Meloni, “um dos principais objetivos nestes 5 anos” é tornar-se um “hub” energético “para toda a Europa”, principalmente pelo “valor estratégico e geopolítico de ser a interface para todo o Mediterrâneo e” o país que “controla a energia de toda a Europa”.

Desta forma, a primeira-ministra lançou a proposta de uma Bolsa de Renováveis desvinculada do TTF (Title Transfer Facility), ou seja, o mercado de referência para a troca de gás natural na Europa continental. “Devemos diversificar”, enfatizou.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios