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Brasileira suspeita de matar filha na Itália se cala em depoimento; mãe tenta ir ao país

A cabeleireira Márcia Cipriano Moreira, conseguiu tirar um passaporte emergencial nesta quarta-feira no Rio para tentar ver a filha Simone Moreira, — presa desde o último sábado (5) na Itália sob a suspeita de ter matado sua filha, Giuliana Favaro, de dois anos.

 

Amiga da família, Vilma da Silva, 33, que está ajudando a atender aos telefonemas na casa da cabeleireira, afirmou que parentes de Simone vão solicitar ajuda ao Itamaraty para viajar a Europa.

 

"Vamos pedir ajuda ao Itamaraty porque a Márcia não tem condições financeiras de pagar a passagem para a Itália. Também contamos com a atenção do consulado do Brasil em Milão, que está nos passando informações e nos deu esperança de ajudar a conseguir uma passagem aérea", disse a amiga da família.

 

Ainda de acordo com Vilma da Silva, representantes do consulado brasileiro em Milão conseguiram na Justiça uma permissão para visitar nesta quinta (10) ou na sexta-feira (11) a brasileira na prisão. "Será a primeira visita dela. Ela ainda está proibida de receber amigos e parentes na cadeia", disse Silva.

 

O funeral da menina Giuliana aconteceu na tarde desta quarta-feira na cidade de Ponte de Piave, onde ela morava com o pai. A criança morreu há uma semana, após ter caído em um rio, no que parecia inicialmente ter sido uma tragédia causada pela distração da mãe, declarou o procurador da República de Treviso, Antonio Fojadelli, aos jornais italianos.

 

Posteriormente, no entanto, o procurador afirmou que ficou evidente que houve crime. A autópsia da menina revelou que ela morreu no dia 26 à noite por afogamento no rio Monticano, na cidade de Oderzo (nordeste da Itália).

 

A equipe que fez o exame não encontrou nenhuma lesão ou ferida no corpo da criança, o que reforça a hipótese da polícia de que ela foi jogada no rio. O resultado da necropsia pode complicar a situação da mãe, que nega ter cometido o crime e está em estado de choque.

 

A brasileira ficou calada em depoimento às autoridades italianas na manhã desta quarta-feira, segundo a imprensa local. Segundo a edição online do jornal Oggi Treviso, Simone compareceu frente ao juiz Umberto Donà para depor, mas usou o seu direito de ficar calada.(Folha de SP)

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