Notícias

PD aprova programa de governo para Itália focado em União Europeia e clima

O Partido Democrático, sigla de centro-esquerda, aprovou por unanimidade seu programa de governo em caso de vitória nas eleições do próximo dia 25 de setembro. O documento tem como três principais pontos a defesa da União Europeia, o desenvolvimento sustentável e o crescimento da economia.

O documento é chamado de “Juntos por uma Itália democrática e progressista”.

“São três os temas que acreditamos profundamente. Querem fazer com que a Itália volte para trás e não permitiremos isso. Há o grande tema da União Europeia, da democracia e da participação popular que para nós é elemento-chave. […] Temos o desenvolvimento sustentável, em que a Itália precisa apostar para o futuro. […]

E também o crescimento e os postos de trabalho. Somos os únicos entre os grandes partidos que fala sobre isso e que vota de maneira coerente no nível nacional e também na UE”, destacou.

Entre as informações divulgadas, também há a indicação de que o PD irá aprovar a chamada “Lei Zan”, que torna crime a homofobia e a transfobia no país – em projeto que está parado no Senado por conta dos partidos de direita e extrema-direita. Além disso, haverá a introdução do “matrimônio igualitário porque um país civil não exclui, não marginaliza e não estigmatiza” as pessoas LGBTQIA+.

Outro ponto de oposição ao programa do chamado “bloco de centro direita”, que inclui as siglas de extrema direita Irmãos da Itália (FdI) e Liga e o conservador Força Itália, é a questão da migração.

O programa do PD informa que haverá a “introdução do jus Scholae para superar as injustificadas discriminações que ainda hoje vemos nas escolas italianas”. “A norma não é só uma civilidade, mas é antes de tudo um bom senso. Quem é filho de pais estrangeiros e completa um ciclo de estudos na Itália torna-se cidadão”, diz o rascunho do texto.

Também neste caso o projeto de cidadania está em debate no Parlamento e, pelo documento que está sendo debatido, toda criança que é filha de pais estrangeiros ou chegou no país até os 12 anos de idade tem direito à cidadania desde que frequente regularmente a escola por pelo menos há cinco anos. Atualmente, uma criança nascida ou que chega a Itália só pode solicitar a cidadania aos 18 anos, em processo lento e burocrático.

O rascunho ainda aponta a meta de criar 500 mil residências populares em 10 anos e, para isso, serão “utilizadas intervenções de regeneração urbana para limitar ao máximo o consumo do solo e para dar nova vida a espaços menos cuidados das nossas cidades”.

Outro destaque é o reforço de uma proposta, que também tinha o apoio de Mario Draghi, de buscar uma “defesa comum na União Europeia”. “Precisamos fazer com decisão um projeto de integração, racionalização e coordenação da política de segurança e defesa europeia, valorizando a autonomia estratégica da União Europeia”, ressalta o texto.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios