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Telefonema entre Draghi e Conte tenta evitar crise no governo italiano

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, e o líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, conversaram por telefone, para tentar evitar uma crise no governo em meio às ameaças do partido de abandonar a base aliada.

A ligação ocorre após os principais membros do M5S, incluindo Conte, se reunirem para decidir se permanecem na coalizão.

Nesta semana, o M5S boicotou a votação na Câmara dos Deputados, postura que levantou dúvidas sobre a manutenção da atual aliança. O partido tem sido muito crítico a este decreto e ameaça abster-se novamente, o que poderia abrir uma crise no governo italiano.

Até o momento, não há mais informações sobre o conteúdo debatido no telefonema entre Draghi e Conte, mas a expectativa é de que ambos tenham chegado a um consenso.

Nos últimos dias, as diferenças entre o atual e o ex-premiê foram aumentando: primeiro porque o M5S não era a favor de enviar armamento para a Ucrânia, depois pelo fato de Conte acusar Draghi de querer removê-lo da liderança do partido.Agora, os dois divergem da lei contra a inflação.

No entanto, o premiê italiano já deixou claro que não acredita na possibilidade de um governo sem o M5S nem na hipótese de ele encabeçar uma aliança diferente. Draghi lidera um governo de união nacional que vai da esquerda à extrema direita e tem como objetivo guiar a Itália até as eleições legislativas do primeiro semestre do ano que vem.

Dentro da coalizão, tanto o secretário do Partido Democrático (PD), Enrico Letta, quanto os líderes do conservador Força Itália (FI) e da Liga, Silvio Berlusconi e Matteo Salvini, respectivamente, anunciaram que, se o governo cair, irão às eleições.

Em entrevista coletiva, Salvini, inclusive, informou que o partido de extrema-direita não continuará apoiando Draghi caso o M5S deixe a coalizão e ressaltou que as eleições antecipadas são a melhor solução. “Se um partido da coalizão não apoia um decreto do governo é isso, basta, parece claro que devemos ir às eleições”, afirmou.

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