
A primeira noite da 72ª edição do Festival de Sanremo, realizada nesta terça-feira (1º), foi marcada por uma alta audiência do público, pela ovacionada apresentação da Maneskin e por uma polêmica com a apresentação de Achille Lauro – que dividiu a internet e gerou críticas de religiosos.
Foram 10,9 milhões de espectadores que acompanharam a estreia do evento na “RAI1”, com um share de 54,7%. No ano passado, a abertura teve 8,3 milhões de espectadores e share de 46,6%.
Essa também foi a melhor performance do diretor e apresentador Amadeus à frente do festival, no qual estreou em 2020, e que obteve 10,5 milhões de espectadores e 52,2% de share.
O ponto alto da noite foi com a apresentação da Maneskin, vencedora da edição de 2021 do concurso, e que foi ovacionada ao voltar para o Teatro Ariston. Os artistas ficaram muito emocionados com a calorosa recepção e disseram que era um prazer estar de volta. Na edição anterior, o público não esteve presente por conta das restrições da pandemia de Covid-19.
Também participou da primeira noite como convidado especial o tenista italiano Matteo Berrettini, número 6 do mundo no ranking da ATP.
“Vocês não estão ouvindo meus batimentos cardíacos… obrigado a todos. Esse palco é muito diferente para mim, não tenho raquetes, não me sinto tão confortável”, disse ao subir no palco.
A classificação após as primeiras 12 apresentações mostra Mahmood & Blanco, com a música “Brividi”, na liderança do voto da imprensa. A ordem segue com La Rappresentante di Lista, Dargen D’Amico, Gianni Morandi, Massimo Ranieri, Noemi, Michel Bravi, Rkomi, Achille Lauro com Harlem Gospel Choir, Giusy Ferreri, Yuman e Ana Mena.
A segunda noite do festival contará com as apresentações Aka 7Even, Ditonellapiaga & Rettore, Elisa, Emma, Fabrizio Moro, Giovanni Truppi, Highsnob & Hu, Irama, Iva Zanicchi, Le Vibrazioni, Matteo Romano, Sangiovanni e Tananai.
Entre os convidados especiais, estará a cantora Laura Pausini, que apresentará seu novo single “Scatola”.
Polêmica
A estreia de Sanremo também foi marcada por uma polêmica após a apresentação de Achille Lauro. Se camisa, ele simulou um batizado no palco do teatro e causou reações de ironia nas redes sociais – além de sofrer acusações de blasfêmia.
O bispo de Sanremo, Antonio Suetta, veio à público criticar a apresentação do artista e disse que o ato “confirmou, infelizmente, a praga ruim que já, há tempos, tomou esse evento de canto e, em geral, o mundo do espetáculo, incluindo o serviço público”.
“A penosa exibição do primeiro cantor, mais uma vez, debochou e profanou os sinais sagrados da fé católica evocando o gesto do batismo em um contexto de insulto e não sacro. Quero denunciar mais uma vez que o serviço público não pode e não deve permitir situações do tipo, e espero ainda que alguém, em nível institucional, intervenha”, disse o padre irritado.