
A Itália planeja começar a vacinar as crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 a partir do dia 16 de dezembro, informou o comissário para a Emergência, Francesco Figliuolo.
Segundo o dirigente, os centros de vacinação começarão a receber as cerca de 1,5 milhão de doses pediátricas um dia antes do início da imunização. A prioridade nesse primeiro momento serão as crianças “com elevada vulnerabilidade” para a doença, aqueles que convivem com imunossuprimidos ou com parentes com “elevada fragilidade” para a Covid-19.
A Itália aprovou o uso da vacina da Pfizer/BioNTech para essa faixa etária no início de dezembro, após a liberação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). As fórmulas para os pequenos são diferentes da usada na imunização dos adultos, sendo um terço da dosagem original.
No entanto, se o governo tenta acelerar tanto a aplicação da vacina nas crianças e a dose de reforço para os adultos, o último boletim do Instituto Superior de Saúde (ISS) mostra que cerca de seis milhões de italianos ainda sequer tomaram a primeira dose.
Em termos absolutos, a maior quantidade de não vacinados está na faixa entre 40 e 49 anos (pouco mais de 1,2 milhão) e entre 50 a 59 anos (cerca de 1 milhão). Quando analisado o percentual proporcional por faixa etária, a maior fatia é entre quem tem 12 e 19 anos: 20,9% ainda não se vacinaram.
“Estamos ainda em uma fase não fácil e essa nova onda de Covid está tocando muito significativamente a Europa e também a Itália – e se nós somos um dos países com o quadro epidemiológico melhor, é graças à campanha de vacinação”, pontuou o ministro da Saúde, Roberto Speranza.
A Itália vem enfrentando uma nova alta de casos e, consequentemente, de mortes. No entanto, os números ainda estão mais controlados do que em outras nações europeias.