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Perto de deixar cargo, presidente da Itália completa 80 anos

A poucos meses de deixar o cargo, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, completou 80 anos de vida e recebeu os parabéns do mundo da política.

De estilo discreto, o ex-juiz da Corte Constitucional assumiu a chefia do Estado em 3 de fevereiro de 2015, após a renúncia de Giorgio Napolitano, e está na reta final de seu mandato de sete anos.

Desde que se tornou presidente, Mattarella já empossou quatro governos de três primeiros ministros diferentes: Paolo Gentiloni, Giuseppe Conte (duas vezes) e Mario Draghi.

“Seu equilíbrio e sua sabedoria nos últimos anos foram garantias de estabilidade para nosso país. Seu incessante trabalho em defesa dos princípios da Constituição permitiram superar confrontos e divisões”, afirmou Draghi em uma mensagem pelos 80 anos de Mattarella.

“Nos meses mais terríveis da pandemia, você soube unir os italianos com seu elevado senso de Estado e sua profunda humanidade”, acrescentou. Já o ex-premiê Silvio Berlusconi, que foi contra a eleição de Mattarella em 2015, telefonou ao presidente para dar os parabéns. “Feliz aniversário ao presidente Mattarella. É o confiável guardião das instituições democráticas, um papel que ele desempenha com a sabedoria do jurista e a sensibilidade de homem das instituições”, disse o ex-primeiro-ministro no Twitter.

Em Tóquio, os atletas da delegação olímpica da Itália gravaram um vídeo para felicitar o chefe de Estado e cantando “parabéns a você”.

O presidente da República Italiana é um cargo mais institucional, já que o comando do governo cabe ao primeiro-ministro, mas não chega a ser uma “rainha da Inglaterra”, ou seja, uma figura meramente decorativa.

Ele é considerado o principal garantidor da Constituição e, mais do que promulgar leis, participa do jogo político, mediando negociações entre os partidos.

A postura de Mattarella, por exemplo, foi determinante para evitar a convocação de eleições antecipadas em pelo menos três ocasiões, apesar das pressões de algumas legendas, e a ascensão de Draghi ao cargo de premiê foi bancada pessoalmente pelo presidente, que buscava um governo de união nacional para enfrentar a pandemia.

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