O papa Francisco publicou um “motu proprio” sobre a criação de grupos de vida consagrada nas chamadas Igrejas Orientais, uniformizando assim o procedimento com o que ocorre na Igreja Latina – que havia sido normatizado em 4 de novembro deste ano.
Com isso, a criação de novas ordens e institutos religiosos precisará da aprovação prévia da Santa Sé.
“A Igreja acolhe as diversas formas de vida consagrada como manifestações da riqueza dos dons do Espírito Santo; a autoridade eclesiástica, especialmente, os pastores das Igrejas particulares, interpreta os conselhos, regula a sua prática e, a partir disso, constitui formas estáveis de vida, evitando que ‘surjam imprudentemente institutos inúteis ou desprovidos de suficiente vigor'”, diz o documento firmado por Francisco.
Por este motivo, “à Sede Apostólica compete seja o acompanhamento dos pastores no processo de discernimento que conduz ao reconhecimento eclesial de um novo instituto ou de uma nova sociedade com o direito eparquial, seja o último juízo para chancelar a autenticidade da finalidade inspiradora”.
Segundo o secretário da Congregação para as Igrejas Orientais, Giorgio Demetrio Gallaro, em entrevista ao portal “Vatican News”, as novas regras colocam a “legislação de toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, na mesma linha”.
“Esse é o objetivo desse motu proprio dedicado às Igrejas Orientais, aqui não é algo para criar uma situação diferente”, pontua ainda, ressaltando que a alteração visa “simplificar” processos.
