A polícia italiana está procurando um grupo de cães abandonados que matou um garoto de 10 anos de idade e feriu uma mulher de 24 na cidade de Ragusa, no sul da Sicília.
No último domingo, o garoto Giuseppe Bafra, de 10 anos, foi arrastado de sua bicicleta e morto pelos animais.
O último ataque dos cães aconteceu nesta terça-feira, quando uma turista alemã de 24 anos sofreu ferimentos graves ao ser atacada pelos animais enquanto caminhava por uma praia próxima a Ragusa.
Segundo os médicos, o rosto a vítima ficou desfigurado e ela corre risco de morte.
Também nesta terça-feira, policiais mataram dois animais que tentaram atacá-los.
Segundo as autoridades, já foram capturados cerca de 30 cães que, acredita-se, fazem parte do grupo que atacou o garoto.
Mas a polícia acredita que ainda existam pelo menos 20 cachorros soltos na região.
Segundo informações, os cães pertenceriam a um homem que os abandonou sem comida. Um suspeito de ser o responsável pelos animais foi preso.
Durante o funeral do garoto, nesta terça-feira, um padre acusou a sociedade de transformar os animais em "ícones".
Matar cães é considerado crime na Itália, mas o país sofre com uma escassez de abrigos para animais abandonados.
Grupos de proteção aos animais estimam que existam cerca de 500 mil cães abandonados na Itália, a maioria no sul do país.
Embora as prefeituras das cidades tenham a obrigação de recolher estes cachorros e colocá-los em canis públicos, a lei é normalmente ignorada na medida em que não são fornecidos recursos para a construção de abrigos, segundo o repórter da BBC David Willey, em Roma.
As autoridades de saúde da Sicília devem se reunir nesta quarta-feira para decidir que atitudes serão tomadas para solucionar a situação.