
O papa Bento XVI afirmou que a Quaresma, que começou nesta quarta-feira, convida a uma luta sem trégua para fazer o bem e pediu aos fiéis que busquem a justiça "para que a convivência esteja baseada na paz e no amor e não no ódio ou na indiferença".
O pontífice enviou esta mensagem a Geraldo Lyrio Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por ocasião da Campanha da Fraternidade, que tem como tema "Fraternidade e segurança pública", informa o Vaticano.
O papa, em sua mensagem, aderiu à campanha e disse que a Quaresma é um tempo de conversão e de reconciliação de todos os cristãos, "para que todas as aspirações nobres do coração humano sejam satisfeitas e prevaleça a verdadeira paz entre os povos e comunidades".
Bento XVI lembrou que João Paulo II já disse que a verdadeira paz é fruto da justiça e insistiu que a justiça humana "sempre é frágil e imperfeita, o que faz com que deva ser exercitada com o perdão que sara os ferimentos e restabelece em profundidade as relações humanas confusas".
O pontífice acrescentou que no documento final da reunião de Aparecida do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) reiterava a evangelização dos pobres, o acesso de todos aos bens da criação, o respeito pela pluralidade e a luta contra a tentação para não ser escravo do mal.
"A quaresma nos convida a lutar sem pausa para fazer o bem e precisamente porque os homens sabem o quão difícil é. É necessário buscar seriamente a justiça para que a convivência esteja baseada na paz e no amor e não no ódio ou na indiferença", afirmou o papa.
O pontífice acrescentou que, apesar de os homens saberem que é possível uma distribuição racional dos bens e um bom funcionamento da sociedade, "jamais desaparecerá a dor pela doença, a incompreensão ou a solidão ou a morte das pessoas" que se amam.