
Pesquisadores do Instituto Superior da Saúde (ISS), órgão subordinado ao governo da Itália, e do Departamento Científico do Hospital Militar Celio, em Roma, sequenciaram o genoma dos coronavírus (Sars-CoV-2) tirados de dois pacientes.
Uma amostra é do turista chinês que havia testado positivo para o Sars-CoV-2 em Roma, e a outra é de um paciente da cidade de Codogno (Lombardia), epicentro da epidemia na Itália. Em breve também estará disponível o sequenciamento de um vírus coletado em um homem do Vêneto.
Com isso, os pesquisadores poderão analisar as diferenças entre as amostras, que estão associadas a focos distintos da epidemia. Os genomas sequenciados foram comparados com a amostra de referência obtida em Wuhan, na China, onde o coronavírus começou a se espalhar, e com outras já isoladas na Europa.
Uma primeira análise mostrou uma grande semelhança entre o vírus do paciente chinês de Roma e o de Wuhan, o que indica que o turista já chegou à Itália infectado. Já a amostra de Codogno se distingue do vírus chinês por algumas mutações, mas que não causam mudanças significativas em seu comportamento.
Recentemente, duas cientistas brasileiras – Ester Cerdeira Sabino e Jaqueline Goes de Jesus – também conseguiram sequenciar o genoma do novo coronavírus do primeiro paciente registrado no país, e apenas dois dias depois da confirmação do caso.
Assim como no caso de Codogno, a amostra brasileira apresenta algumas diferenças em relação ao genoma de Wuhan.