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Chanceler afirma que Itália “irá até o fim” pela extradição de Cesare Battisti

O ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, afirmou nesta segunda-feira (2) que a Itália irá "até o fim" para obter a extradição do ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.

"Estou confiante nos nossos elementos de direitos e iremos até o final. Acompanharemos o caso com grande atenção e trabalharemos para obter um resultado", declarou o chanceler, ressaltando que o país não "fará todos os esforços" para resolver a situação.

Frattini comentou também seu pedido de "apoio político" à União Europeia (UE). No fim de semana, o chanceler pediu apoio a Bruxelas, argumentando que o Brasil colocou em dúvida o sistema democrático de um membro do bloco.

 

"Acredito que se trata de uma questão política, portanto disse que a Europa deveria aproveitar esta ocasião. Hoje acontece com a Itália, amanhã pode ocorrer com qualquer outro país", esclareceu Frattini, afirmando que "ninguém pode colocar em discussão a democracia do sistema europeu".

Battisti, de 54 anos, está preso no Brasil desde 2007 e desde o último dia 13 se tornou o pivô de uma crise diplomática, quando obteve do ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, a concessão de status de refugiado político.

Na última semana a distensão entre os dois países se intensificou quando Frattini chamou para consultas o embaixador italiano no Brasil, Michele Valensise — ato diplomático que indica o agravamento de um conflito bilateral.

O caso passa a ser analisado esta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que volta nesta terça-feira (2) do recesso e que autorizou na última quinta-feira (29) que o governo italiano se manifeste no processo.

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