A prefeita de Roma, Virginia Raggi, pode ser processada por danos ao erário, ou seja, danos aos bens e patrimônio público, na investigação sobre a nomeação do ex-assessor de Turismo Renato Marra.
Raggi é acusada de abuso de poder e testemunho falso durante a investigação sobre a nomeação do assessor. Renato é irmão de Raffaele Marra, ex-chefe do departamento pessoal da Prefeitura, e que foi preso em 16 de dezembro por corrupção.
Por causa da prisão, a líder da capital foi interrogada pela Procuradoria e afirmou que não participou da indicação de Renato. No entanto, os investigadores descobriram que ela sabia da nomeação e não fez nada para impedir.
Além disso, foi encontrada uma conversa através do Telegram, entre a prefeita e Raffaele em que ela reclamava de não ter sido avisada de um alto aumento de salário de Renato, que subiu para 20 mil euros mensais.
A imprensa italiana chegou a afirmar que Raggi estaria negociando uma delação premiada para evitar uma condenação de três anos de prisão por danos ao erário, causados pelos gastos excessivos com o irmão de seu ex-chefe de pessoal. No entanto, ela negou a afirmação.
"Eu fico decepcionada com quem inventa isso porque quando tiver que falar, eu falarei, como é correto que seja, aos magistrados.
O resto é fantasia", declarou.
Essa é a enésima crise que atinge o Gabinete de Raggi nos seus pouco mais de seis meses de mandato.