A diretoria da Juventus foi acusada de ter envolvimento com o grupo mafioso ‘ndrangheta em uma matéria do jornal “Il Fatto Quotidiano”.
Segundo a publicação, uma investigação aberta pela Procuradoria de Turim e repassada para a Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (Figc) acusam o presidente da equipe Andrea Agneli de “atos ilícitos”.
“A conclusão das investigações da justiça esportiva atribui ao número 1 bianconero um relacionamento pessoal com expoentes do crime organizado”, destaca.
Ainda de acordo com a matéria, “o chefe dos ultràs” da equipe (como são conhecidas as organizadas na Itália) estava ligado a uma investigação por pertencer à ‘ndrine – uma vertente da máfia ‘ndrangheta – e tinha dito aos procuradores de Turim que “viu Andrea pessoalmente e conversamos sobre a gestão dos ingressos e pagamentos”.
O texto do jornal informa ainda que havia uma acordo entre a diretoria da Juventus e os grupos de torcidas organizadas para “garantir a tranquilidade nos estádios”. A Procuradoria da cidade italiana não incluiu na investigação nenhum dirigente da Juve, mas informou que esse “relacionamento” teria efeitos no futebol.
Em nota, a Juventus informou que “nenhum funcionário ou afiliado foi investigado em caso penal” no âmbito das investigações que analisam as famílias que pertencem à ‘ndrangheta e que tentam se infiltrar no clube bianconero.
A equipe ainda informa que o caso está sendo analisado pelos advogados do clube para “proteger a própria honra e respeitabilidade”.
A ‘ndrangheta é um grupo mafioso formado por volta de 1860 e que tem como base a região da Calábria. No entanto, com o passar dos anos, a organização criminosa se espalhou por toda a Itália e em outros países, atuando em diversos segmentos do crime organizado. É considerada uma das mais ricas organizações mafiosas do mundo.