O Château du Clos Lucé, que foi a última moradia do pintor renascentista Leonardo da Vinci, receberá na noite do dia 26 de agosto a peça "Essere Leonardo da Vinci, Intervista Impossibile", dirigida e interpretada pelo italiano Massimiliano Finazzer Flory.
O espetáculo é o último da etapa francesa de uma turnê internacional, que tem como objetivo homenagear a vida e a carreira do gênio, e um dos mais significativos, já que o artista chegou à região, em particular na mansão de Clos Lucé, há 500 anos.
Na peça de um homem só, Flory se transforma em Da Vinci, com trajes de época e uma maquiagem tão detalhada que parece uma reconstrução de um dos autos-retratos do gênio.
O ator coloca nas cenas o pensamento de Da Vinci e a sua visão universal do mundo, respondendo perguntas sobre sua infância, suas participações nos campos civil e militar e as relações entre as artes e a ciência.
Flory também fala sobre anatomia, botânica, matemática, psicologia, física e a sua paixão pelo voo. Na peça, também se comenta sobre o famoso afresco "A Última Ceia" e sobre a relação do gênio com a religião.
O espetáculo, que dura 70 minutos, está inserido em um rico calendário de eventos do Château du Clos Lucé que oferecerá até o fim do ano, em ocasião das celebrações de 500 anos da chegada de Da Vinci na região francesa, uma série de exposições, visitas guiadas e concertos neste e nos outros castelos da área.
Quando, em 1516, Leonardo da Vinci aceitou o convite do rei Francisco I de ir a Loire, o castelo de Clos Lucé se chamava Cloux e ficava próximo à residência real. No local, o gênio levou consigo algumas de suas obras-primas, como a renomada "Monalisa".
A última residência do artista, propriedade da família Saint Bris, foi transformado em museu. Atualmente, podem ser visitados o quarto de Da Vinci e uma sala no subsolo onde estão expostos documentos e modelos das suas invenções mais famosas. Já a área externa é ocupada por uma instalação multimídia e por algumas réplicas de máquinas feitas por ele em tamanho real. (Ansa)