Notícias

Caso “Panama Papers” inclui obra do pintor modernista italiano Modigliani

Uma obra do pintor modernista italiano Amedeo Modigliani (1884-1920) foi apreendida na zona franca de Genebra, na Suíça, como parte das investigações iniciadas pelo Ministério Público da cidade por conta do escândalo "Panama Papers".

Segundo o jornal suíço "Les Temps", o quadro se chama "O homem sentado apoiado em uma bengala" e foi encontrado na sede de uma empresa especializada no armazenamento de peças de arte. Ele teria sido roubado por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, mas o Ministério Público não deu mais informações, já que o inquérito corre em segredo de justiça.

Os "Panama Papers" revelaram que a obra está em nome da sociedade offshore International Art Center (IAC), aberta com a ajuda do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca. O proprietário dessa companhia seria o colecionador de arte libanês David Nahmad, hoje residente em Mônaco.

Até o estouro do escândalo de vazamentos, a família Nahmad sempre negou ser dona do quadro, que é reivindicado pelos herdeiros do negociador judeu Oscar Stettinger, de quem a pintura teria sido roubada durante a Segunda Guerra. No entanto, os "Panama Papers" revelaram que o Mossack Fonseca ajudou os Nahmad a criar a offshore IAC, em 1995. "O homem sentado apoiado em uma bengala" é avaliado em 25 milhões de euros.

O escândalo vazou milhões de documentos do escritório panamenho, especializado em abrir companhias em paraísos fiscais, e atingiu poderosos de todo o mundo, incluindo políticos, esportistas e empresários. Os arquivos foram entregues por uma fonte anônima ao jornal alemão "Süddeutsche Zeitung", que os repassou para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). O órgão confiou os papéis a cerca de 400 repórteres de 80 países, que estão divulgando as informações aos poucos.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios