O Conselho dos Ministros da Itália, presidido pelo premier Matteo Renzi, aprovou de maneira definitiva um pacote de despenalização que, entre outras coisas, diz respeito ao cultivo da maconha para fins terapêuticos.
Daqui para frente, o ato de desrespeitar normas sobre a plantação da erva com esse objetivo passará de crime a "ilícito administrativo", passível apenas de multa. A medida valerá somente para o Instituto Químico, Farmacêutico e Militar de Florença, ligado ao Exército, e aos produtores de medicamentos já autorizados pelo governo, que são frequentemente acusados de descumprir a lei.
Sendo assim, quem não tem autorização oficial não poderá cultivar a cannabis, ainda que para fins terapêuticos. "Não existe nenhuma despenalização do cultivo da maconha para uso medicinal, trata-se apenas de um procedimento para estruturas autorizadas por lei", declarou a ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, do partido conservador Nova Centro-Direita (NCD).
Atualmente, apenas poucos órgãos ligados ao poder público podem plantar a erva na Itália, o que dificulta o acesso das pessoas a remédios feitos a partir dela. A utilização desses fármacos é permitida no país desde 2007, mas somente nos casos em que for comprovado que um medicamento com outro princípio ativo não pode alcançar um resultado semelhante.