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Cientista francês diz ter achado retrato sob a imagem de Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci

O cientista francês Pascal Cotte informou que encontrou um segundo rosto pintado por trás da célebre imagem de Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, informou a emissora britânica "BBC".

Após 10 anos de estudo, Cotte afirma que a obra que está exposta no Museu do Louvre é diferente do que ela diz que é. "Eu estava de frente para o retrato e ela é totalmente diferente da Mona Lisa de hoje. Não é a mesma mulher", declarou.

Até hoje, acredita-se que a mulher retratada por Da Vinci é Lisa Gherardini, esposa do mercador de Florença Francesco de Bartolomeu del Giocondo, e que o artista pintou a obra entre os anos de 1503 e 1517.

Porém, segundo o estudioso francês, essa seria a suposta "segunda versão" do quadro mais famoso do mundo. Cotte explicou que usou o Método de Amplificação de Camadas (LAM, na sigla em inglês) que analisa toda a pintura usando luzes de intensidades diferentes. Ele exemplifica o estudo dizendo que essas luzes fazem com que a imagem "seja descascada como uma cebola, por camadas".

De acordo com sua descoberta, a modelo retratada tem cabeça e nariz maiores, mãos grandes e lábios menores – que criam o efeito enigmático do sorriso de Mona Lisa, também conhecida como Gioconda. Caso seja comprovada, sua teoria iria de encontro com uma tese de que há dois quadros de Gherardini, o original e um encontrado após a Primeira Guerra Mundial.

Por causa disso, o francês sugere que o Louvre renomeie o quadro exposto em seu salão. Contudo, o museu não quis se manifestar sobre o tema.

A teoria de Cotte, no entanto, não conta com uma unanimidade entre especialistas em arte. Entrevistado pela emissora britânica, o editor de arte Will Gompertz não acredita na versão do francês.

"Estou cético. É perfeitamente comum um artista pintar sobre outra imagem quando o cliente que o paga pede por mudanças.

Então, não é surpreendente que outras imagens estejam sob a Mona Lisa. Eu acho que a cautela é necessária", destacou Gompertz.

Já o professor emérito de História da Arte da Universidade de Oxford, Martin Kemp, ouvido pelo jornal "Telegraph", destacou que as imagens "foram engenhosamente apresentadas", "mas a ideia de que há uma pintura escondida por outra é insustentável".

Para Kemp, "esses estágios não representam diferentes retratos, vejo, mais ou menos, como um processo contínuo de evolução e estou absolutamente convencido que Mona Lisa é Lisa".

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