A Procuradoria de Grosseto apresentou um recurso contra a sentença de 16 anos e um mês de prisão dada pelo tribunal da cidade homônima a Francesco Schettino, ex-capitão do navio de cruzeiro Costa Concordia, naufragado em 13 de janeiro de 2012.
Segundo os promotores Stefano Pizza, Maria Navarro e Alessandro Leopizzi, a pena não é suficiente. No julgamento em primeira instância, eles haviam pedido 26 anos de cadeia para o ex-comandante.
"À responsabilidade titânica de Schettino deve corresponder uma pena exemplar", diz o recurso apresentado pela Procuradoria. Schettino foi condenado em fevereiro passado a 10 anos de prisão por múltiplas lesões e múltiplos homicídios culposos, cinco por naufrágio culposo e um por abandono de navio e de incapazes.
Além disso, ele pegou um mês de detenção por não ter informado corretamente a Capitania dos Portos no momento do acidente, totalizando 16 anos e um mês. A sentença ainda prevê que o ex-capitão nunca mais ocupe cargos públicos e fique proibido de comandar embarcações por cinco anos.
Schettino também deve apresentar um recurso contra a pena, mas para diminuí-la. Atualmente, ele aguarda o julgamento das apelações em liberdade e até já lançou um livro sobre a tragédia do Costa Concordia.
O transatlântico afundou no dia 13 de janeiro de 2012, após se chocar contra as rochas da ilha italiana de Giglio, na Toscana, matando 32 pessoas.