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Conselho Europeu se reunirá no próximo dia 23 de setembro para discutir a grave crise imigratória

O Conselho Europeu convocou para o próximo dia 23 uma reunião extraordinária para discutir a crise imigratória que atinge o continente. "Convoco um Conselho Europeu extraordinário para o dia 23 de setembro, às 18h, para tratar a crise de refugiados", escreveu em seu perfil oficial no Twitter o presidente Donald Tusk. A reunião tinha sido solicitada ontem pela chanceler alemã, Angela Merkel.

O Parlamento Europeu aprovou com uma larga maioria de votos (370 sim, 134 não e 52 abstenções) um parecer para a apresentação da proposta de uma redistribuição "urgente" e obrigatória de 120 mil refugiados que entraram na Itália, Grécia e Hungria. A ideia partiu da Comissão Europeia, que elogiou a votação e disse que agora compete aos países do bloco agirem. Na primeira tentativa de encontro dos ministros do Interior, ocorrida segunda-feira (14), não se chegou a um consenso para as cotas e critérios de redistribuição dos imigrantes dentro da UE.

Os principais opositores foram os países do leste. "Na carta de identidade da Europa, está escrito que nascemos para destruir os muros, e não para construí-los. Se alguns países estão na UE hoje, é devido ao fato de que o muro caiu e que a Europa é um horizonte, não uma fronteira, uma divisa, um limite", disse o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, em uma coletiva de imprensa em Roma ao lado do premeir de Luxemburgo, Xavier Bettel. A Itália, com a ilha de Lampedusa no Mar Mediterrâneo, é uma das principais portas de entrada para imigrantes na Europa. O país recebe diariamente dezenas de embarcações ilegais com foragidos de conflitos do norte da África e do Oriente Médio. Desde o ano passado, Renzi sugere que a UE adote medidas baseadas no conceito de "responsabilidade compartilhada", já que a maioria dos imigrantes apenas usa a Itália como passagem para outros países europeus onde desejam viver.

Houve confusão entre imigrantes e policiais na estação de Tovarnik, na Croácia. Ontem, em Horgos, na fronteira entre a Sérvia e Hungria, a polícia usou jatos de água e gás lacrimogêneo contra os imigrantes. De acordo com fontes locais, os confrontos continuaram durante a madrugada e envolveram jovens que protestavam diante de um muro na fronteira.

A Eslovênia também anunciou que reintroduzirá mecanismos de controles em suas fronteiras pelos próximos 10 dias, enquanto a Bulgária enviou 50 soldados para a divisa com a Turquia.

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