O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, anunciou que vai cortar 18 bilhões de euros em impostos na Lei de Estabilidade para 2015. Ao lado do Orçamento do Estado, o texto é responsável por orientar a vida econômica do país ao longo do ano.
Segundo o premier, serão reduzidas as taxas que incidem sobre a folha de pagamento, principalmente no primeiro triênio das contratações a tempo indeterminado. Além disso, Renzi disse que vai tirar a validade do polêmico artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores para as novas admissões.
O item regula as demissões sem justa causa nas firmas com mais de 15 funcionários, autorizando a reintegração da pessoa mandada embora sem motivo justificado, e nas mesmas condições de antes, além do pagamento de indenização.
A possibilidade de reforma dessa parte da lei tem causado controvérsia no país, já que a oposição e até mesmo uma minoria da base aliada acusa o chefe de Governo de querer subtrair direitos trabalhistas. "Cortaremos para as novas contratações o artigo 18 e reduziremos o peso fiscal pelos primeiros três anos", disse o primeiro-ministro.
